A infância
Primeiro filho de Anésio Merloti e Soeli do Carmo Barsi
Merloti, Paulo nasceu na capital do estado de São Paulo,
Brasil no hospital da Beneficiência Portuguesa. Seus pais
moravam no bairro da Penha de França, onde possuíam
uma farmácia, e moravam sobre a mesma.
Paulo começou a estudar cedo, desde os dois anos de idade
já estava na escola. Ainda pequeno, seus pais se mudaram
para o Parque Novo Mundo, local onde moraram ate que Paulo tivesse
10 anos de idade. Cursou o primário e o ginásio (primeira
à oitava série) no Colégio São Vicente
de Paulo, de 1981 até 1988.
Dos 12 aos 18 anos, foi criado em uma chácara em Suzano,
região da Grande São Paulo.
Paixão precoce pelos computadores
Desde pequeno, sempre foi muito curioso em relação
a tudo, sempre desmontando seus brinquedos para ver como funcionava.
Provavelmente herdou essa curiosidade e a tendência de ser
um homem de exatas de seu pai. Queria ser piloto de avião,
e seus pais sempre cultivaram nele o gosto pela leitura, hábito
que mantém até hoje. Sempre foi autodidata.
Foi introduzido ao mundo da computação aos 10 anos
de idade, quando seu primo Ricardo comprou um computador MSX, foi
quando Paulo escreveu as suas primeiras linhas de código
em BASIC: "10 PRINT "PAULO": 20 GOTO 10". Mesmo
sem ter um computador, lia diversos livros sobre o assunto.
Ainda na sétima série, em 1987, já almejava
entrar em uma escola técnica. No ano seguinte se matriculou
no PEBE-7, um cursinho gratuito oferecido pela "Escola Técnica
Federal de São Paulo". No final do ano, prestou concurso
nesta mesma escola, no "Liceu de Artes e Ofícios"
e na "ETE Prof, Camargo Aranha". Teve que escolher entre
mecânica na Federal, Desenho de Construção Civil
no Liceu ou Processamento de Dados no Camargo Aranha. Decidiu-se
por Processamento de Dados na "ETE Camargo Aranha".
A logística de viajar todo dia entre Suzano e São
Paulo ficou mais complicada enquanto cursava a oitava série
e o cursinho ao mesmo tempo, foi quando seus pais alugaram um apartamento
na Penha para que ele conseguisse atingir seus objetivos. Seus pais
o seguiram um ano mais tarde, trocando a chácara em Suzano
por uma casa na Penha, São Paulo.
No colegial, aprofundou os seus conhecimentos de computação
e teve um contato muito mais intenso com as máquinas binárias,
não via a hora de ir para o laboratório trabalhar
com os imensos COBRA e com o que havia de mais moderno na época,
os PCs XTs, com um processador "ultra rápido" de
8Mhz. No final do segundo ano colegial, seu professor de Redes Locais
o indicou para um estágio nas Indústrias Votorantim,
o maior fabricante de cimento do Brasil.
A vida profissional
Paulo começou seu estágio em 1990 como operador de
computadores de grande porte. Como era um ambiente formal, Paulo,
que usava cabelos compridos, teve que cortar os cabelos curtos e
usar gravatas. Sua mãe foi toda orgulhosa com ele até
o Shopping Center comprar toda a vestimenta necessária.
Ficou embasbacado com o tamanho do CPD, onde o "mainframe"
era armazenado. Era uma sala refrigerada, com equipamentos enormes.
Aprendeu as tarefas de um CPD, e nas horas vagas programava em REXX.
No final do terceiro ano de colegial, com o estágio já
completado, decidiu-se por continuar a carreira profissional e cursar
uma faculdade noturna. Começou a estagiar em uma outra empresa,
a Magnasoft, e entrou para a "Universidade São Judas
Tadeu" em 1992, cursando Ciências da Computação
por um ano e depois entrou para o curso de Processamento de Dados.
O curso era monótono, basicamente por que por estar trabalhando
na área, e principalmente por ter saído de um colegial
técnico muito bom, começou a dar menos atenção
para os estudos e mais atenção para a vida profissional
e também para os prazeres da vida noturna.
Na Magnasoft, aprendeu a ser um Analista de Suporte Técnico,
e realizava demonstrações e apresentações
para clientes e interessados nos aplicativos da empresa.
Terminou a faculdade em 1997, e nessa época, deixou a Magnasoft
para ser um instrutor free-lancer. Cultivou o gosto por ensinar
o que sabia à outras pessoas.
Aventuras
Um pouco antes de terminar a faculdade, um dia, papeando com os
colegas na cantina da universidade, viu um cartaz sobre pára-quedismo,
e mesmo a contragosto dos pais, foi tentar aquela aventura.
A aventura virou paixao, e desde 1996 nunca deixou de saltar, dedicando
seus fins de semana e boa parte de seus rendimentos à este
esporte. Colheu alguns frutos, como ser campeão brasileiro
de páraquedismo intermediário em 1997 e o sênior
em 1998. Se tornou técnico de times de pára-quedismo
e câmera-man, o que o auxiliava nas despesas com o pára-quedismo.
Decisões
Em 1997, resolveu mudar sua carreira. Começou a trabalhar
para a Axioma Informática, como analista programador, usando
Delphi como linguagem de programação. Em 1998, começou
a mandar currículos para empresas no exterior. Sua fome de
aprendizado motivava-o a conhecer outras culturas. No mesmo ano,
assinou contrato com uma empresa em San Diego, nos Estados Unidos
para trabalhar também como Desenvolvedor de Software em Delphi.
O processo legal foi realmente demorado, tão demorado que
ele até desistiu da idéia. No ano seguinte, conheceu
a mulher de sua vida, Emilene, foi quando começaram a namorar.
Depois de um início de namoro tempestuoso, decidiram que
queriam algo mais sério, e resolveram morar juntos. Alugaram
um apartamento no Jardim Europa e começaram suas vidas como
um casal.
Em 2000, o processo adormecido despertou, quando a Marotz resolveu
chamar Paulo para San Diego. O processo legal estava pronto, só
dependia dele para começar o novo emprego. O diálogo
com Emilene sobre o comunicado da Marotz foi mais ou menos assim:
- "Mi, sabe aquele lance que eu ia morar em San Diego em
98?"
- "Sei, que tem?"
- "Então, foi aprovado, eles querem que eu começe
a trabalhar em menos de dois meses. Que voce acha, vamos?"
- "Ai Padu! Sei la, VAMOS!"
- "Mas só que tem uma coisa, para você ir legalmente,
tem que ir como minha esposa."
- "Tudo bem."
E foi assim que Paulo pediu sua esposa em casamento. As semanas
seguintes foram de correria, fechar todas as contas, preparar o
casamento, enfim, correria.
Paulo e Emilene se casaram em 26 de outubro de 2000 (vejam as fotos
),
e na semana seguinte estávam embarcando em um avião,
tendo San Diego como destino.
Início difícil
Quando desembarcaram em Los Angeles, Califórnia, não
tinham mais que duas malas de mão cada um. Ficaram morando
algumas semanas no centro de San Diego. Passaram por diversas aventuras
e adaptações. Paulo ficou muito pouco tempo na Marotz,
quando foi chamado por um amigo para trabalhar em outra empresa,
a C3 Technologies.
Moravam em La Mesa, município pertencente à região
de San Diego, e passaram por bons e maus momentos nos primeiros
meses. No final de 2001, compraram sua primeira casa em Eastlake.
Em 2002, sua esposa ficou grávida, trazendo muitas felicidades
e tristezas ao casal, pois a gravidez não foi adiante, o
pequeno ser parou de se desenvolver no terceiro mês de gravidez.
Paulo trabalhou em 2002 para uma terceira empresa, Konexx, desenvolvendo
softwares relacionados à gravação de voz humana.
Paulo e Emilene planejam expandir a família com alguns pimpolhos
e basicamente viverem felizes em paz e harmonia, não importando
em que lugar do mundo.
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